Curious Alice — O filme antidrogas que fez as drogas parecessem divertidas.


As aventuras de Alice no País das Maravilhas    drogas    
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Escrito por: Jonathan Crow
Traduzido por: Ana Luíza Oliveira

O mandato presidencial Reagan provavelmente foi a era de ouro das campanhas antidrogas. Diziam aos estudantes dos Estados Unidos que o cérebro era um ovo e as drogas, uma frigideira. A primeira-dama dizia às crianças para “simplesmente dizer não”. A mensagem era espantosamente simples: as drogas, assim como o comunismo e os impostos, eram ruins.

Durante o início da década de 1970, no entanto, a campanha antidrogas era muito mais confusa. Curious Alice (em adaptação direta, A curiosa Alice, sem tradução para o português) era um filme visualmente deslumbrante e profundamente estranho sobre os riscos do abuso de drogas, mas que fez com que elas parecessem muito divertidas. Criado pelo National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de Saúde Mental), em 1971, o filme mostra a jovem Alice lendo As aventuras de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Caroll em um ensolarado gramado pouco antes de cair no sono. Ela logo se encontra na toca do coelho em um país das maravilhas… das drogas. O Rei de Copas heroína. O Chapeleiro Maluco está viaj com LSD. A Lagarta que fuma está totalmente chapada. A está em um estupor induzido por barbitúricos e a Lebre de Março, que parece a irmã preguiçosa do , é uma viciada em anfetaminas: “Você tem que tomar uns comprimidos! Estimulantes!” ela exclama. “Anfetaminas! Cristal! Você vai se sentir super bem!”

O filme era supostamente direcionado a crianças de oito anos. Ao passo em que é improvável que uma criança comum de terceira série do ensino fundamental absorva a moral de Alice sobre ácido lisérgico, eles certamente reagiram ao filme psicodélico cuja animação lembra aquelas do grupo de comediantes britânicos Monty Python. Os animadores notoriamente se divertiram muito na produção do, mas seus esforços não se transformaram em uma mensagem efetiva. Após seu lançamento, o National Coordinating Council on Drug Education [Conselho Nacional de Coordenação de Educação Sobre Drogas] criticou o filme “confuso e contraproducente”.

Para um adulto, contudo, o filme é bem bacana — confira no link acima. E se você mora no Colorado, Washington ou outro Estado que tenha legalizado o uso recreativo da maconha, sinta-se livre para assisti-lo em um estado mental alterado.

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Jonathan Crow


Jonathan Crow é um escritor e cineasta de Los Angeles cujo trabalho já apareceu no Yahoo!, The Hollywood Reporter, e outras publicações. Você pode segui-lo no twitter pelo username @jonccrow.

Link do artigo original.



Ana Luíza Oliveira


Tradutora.



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