Descrição
Escrito por Lewis Carroll
Alice talvez seja a obra mais interpretada por psicólogos e psiquiatras ao redor do mundo, e sem dúvida é uma das que mais serviu de inspiração para tatuagens das gerações X, Y e Z. Segundo Martin Gardner, um dos maiores estudiosos sobre Lewis Carroll, “Como Homero, a Bíblia e todas as outras grandes obras de fantasia, os livros de Alice se prestam facilmente a qualquer tipo de interpretação simbólica — política, metafísica ou freudiana”. Essa é uma das mais divertidas descobertas quando lemos este livro: o leitor classifica por conta própria as impressões e simbologias que enxerga nos mundos criado por Carroll, cada um de nós tem seu próprio país das maravilhas.
Carroll, era matemático e não pensava em ser escritor, criou o livro despretensiosamente, ao inventar uma história para três crianças durante uma viagem. Apesar de envoltos em polêmicas — obra e criador — conquistaram fãs de peso como Oscar Wilde e a própria rainha Vitória.
Dentre as muitas curiosidades do livro, está o fato de que Carroll escondeu vários problemas de matemática e lógica no texto. A maioria é praticamente imperceptível para o leitor comum, principalmente por terem sido escritos usando trocadilhos do inglês vitoriano. Quando Alice encontra o Grifo, por exemplo, ele lhe diz quantas horas estudava por dia: “Dez horas no primeiro dia, nove no seguinte, e assim por diante”. Alice responde: “Nesse caso, no décimo-primeiro dia era feriado?”
280 páginas, 16 x 23 cm
Tempo de leitura: 5 horas
Título original: Alice´s Adventures in Wonderland e Through the Looking Glass
Tradução: André Cristi & Ricardo Giassetti
Ilustração: Andre Ducci
Lewis Carroll, pseudônimo de Charles Lutwige Dogson, foi matemático, poeta, filósofo, inventor e fotógrafo, em uma época em que a fotografia ainda era uma novidade. Gago desde a infância — problema que ele chamava de “hesitação” — e por toda a vida adulta, alguns de seus biógrafos dizem que só conseguia falar normalmente com crianças — meninas apenas, pois odiava meninos. Adulto, tinha fortes enxaquecas, que os médicos da época diagnosticaram como epilepsia.
Sua obra mais famosa foi inspirada em uma menina real, chamada Alice Lidell, filha de um amigo e colega, professor de Harvard. Em um passeio, contou a ela uma história improvisada sobre uma menina que vivia uma aventura embaixo da terra. Muito se comentou sobre a menina Alice ser um amor platônico de Carroll, que nunca se casou. De qualquer maneira, nunca houve qualquer indício que tais boatos fossem verdadeiros.
Típico homem vitoriano, era fascinado pela nobreza e propenso ao esnobismo. Reprovava a indecência em todas as suas formas, no dia-a-dia e nas artes. Talvez como fuga à própria rigidez, tenha criado um mundo tão fantástico, que alguns acadêmicos também classificam como a visão infantil do mundo adulto — afinal, os personagens só dizem coisas confusas e parecem todos loucos. Como disse Martin Gardner: “O último nível metafórico nos livros de Alice é este: que a vida, vista racionalmente e sem ilusão, parece ser uma história disparatada contada por um matemático idiota”.
Clarisse Oliveira (comprador verificado) –
Muito lindo, recomendo!!